Na verdade, os certificados não existem. ISO é um conjunto internacional de regras para melhoria de produtos e serviços.

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É comum encontrarmos no supermercado embalagens que estampam, em letras garrafais: “produto certificado pela ISO 9000” ou “empresa certificada pelo ISO 14000”. A ISO foi criada em 1947 para significar um esforço constante para melhorar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos consumidores. É uma palavra grega, que significa “igual”.

Assim, todos os países que pretendam estabelecer as regras deste órgão, que significa International Organization for Standartization em inglês, ou Organização Internacional para a Padronização, em português, utilizam a sigla ISO, independente do idioma. Mas a ISO não emite certificados, apenas estabelece regras mínimas para a produção, distribuição, etc.

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Fabricantes em todo o mundo utilizam o termo, para informar que atendem às regras estabelecidas pela ISO (que devem ser complementadas pela legislação de cada país). Isto, no entanto, pode não ser sinal de qualidade total. Por exemplo, no Brasil, algumas montadoras multinacionais oferecem, para o mercado interno, automóveis com menos itens de segurança (air bags, freios ABS, etc.) do que os exigidos na Europa.

Não é falta de tecnologia: os equipamentos são fornecidos como acessórios (e o interessado tem de gastar mais dinheiro) e, para o mercado de exportação, saem da linha de produção como itens de série.

Mesmo assim, eles atendem às regras mínimas da ISO, que tem 162 países como associados e, assim, não pode exigir de um país subdesenvolvido as mesmas regras de produção esperadas para o Japão ou os EUA. A organização deveria estabelecer normas mínimas para as multinacionais, que instalam plantas industriais no Terceiro Mundo e assim conseguem economizar na produção.

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selo iso

Selo ISO – O que é?

Seja como for, a normatização traz bons resultados. No mercado de exportação, há uma valorização dos produtos de empresas que seguem as normas da ISO (no Brasil, o órgão é representado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT). Significa que os produtos com o selo ISO 9000 atendem às mais de 20 normas estabelecidas pela entidade sobre a produção, controle de qualidade e atendimento pós-venda.

O ISO 14000 diz respeito às práticas de sustentabilidade das empresas: redução do impacto ambiental, neutralização das emissões de carbono, reciclar e reutilizar para reduzir o uso de recursos naturais. Empresas que publicam seguir a ISO 14000 estão informando que capacitam os funcionários, tratam efluentes e seguem a legislação ambiental do país. Cabe às empresas estatais de saneamento ambiental inspecionar as atividades.

Empresas que aplicam o selo ISO auto certificam que seus produtos e serviços atendem a todas estas regras. Cabe à fiscalização da ABNT garantir que elas estejam sendo realmente cumpridas.

Países do Primeiro Mundo “exportaram” a produção de muitos produtos e serviços (inclusive de atendimento ao consumidor, o famoso telemarketing) para reduzir os custos. Assim, tênis de grife, entre outros são produzidos em países do Oriente, por operários que ganham salários muito inferiores aos praticados nos EUA.

No entanto, estes produtos, para entrar nos maiores mercados, devem seguir os padrões de Europa e EUA. Assim, acabam beneficiando toda a cadeia de produção: com a uniformização da produção, países com legislação mais “frouxa” recebem itens de mais qualidade.

Mesmo assim, é preciso continuar lutando para garantir serviços e produtos de mais qualidade: não com as “regras mínimas”, mas com o máximo que a tecnologia pode oferecer.

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