A ação humana tem destruído ou degradado diversos hábitats. Isto levou muitos animais ao risco de extinção.

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O Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta, que pode representar 10% de todas as espécies do mundo, e muitas delas ainda não foram catalogadas. Durante uma expedição organizada pela ONG Conservação Internacional, em 2001, de apenas 20 dias, foram encontradas 40 novas espécies animais e 400 vegetais. Mesmo assim, a degradação ambiental provocada pelo avanço da agropecuária e da mineração, aliada ao avanço urbano, tem colocado muitos animais em extinção.

animais em extinção

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Animais em Extinção

Caça ilegal, desmatamento, biopirataria e poluição são os principais responsáveis por este risco. De acordo com o Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas, organizado pelo Instituto Chico Mendes, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com o apoio da International Union for Conservation of Nature (IUCN). Atualmente, 627 espécies estão ameaçadas de extinção e, por enquanto, há planos de manejo para apenas um terço delas. A lista relaciona animais e plantas de acordo com a sua situação, de vulneráveis a extintas.

Entre os animais já extintos, encontram-se a arara-azul-pequena (que habitava as bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai), a perereca Phrynomedusa fimbriata (das regiões subtropicais e tropicais de altitude, cujo último registro ocorreu em 1920) e quatro vermes.

Outras espécies estão extintas na natureza. Isto significa que elas só são encontradas em zoológicos e santuários ecológicos. O mutum-de-alagoas (que colonizava toda a mata Atlântica) e a ararinha-azul (região Nordeste) são exemplos de animais totalmente extintos em seus hábitats originais. Não é possível reinseri-los, porque seus espaços foram ocupados por cidades e atividades agropecuárias.

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A categoria seguinte, adotada pelo Ministério do Meio Ambiente, é a dos animais criticamente em perigo de extinção. No país, 125 espécies estão assim classificadas, entre elas o peixe-boi-marinho e o mico-leão-de-cara-preta (atualmente, o mais ameaçado dos micos-leões da mata Atlântica).

animais em extinção

Das sete espécies de tartarugas-marinhas, cinco delas utilizam as praias brasileiras, especialmente entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Norte, para depositar seus ovos. Há cerca de 30 anos, todos os “nossos” quelônios estavam em risco. Graças à atuação do Projeto TAMAR, de proteção ambiental e conscientização das populações locais, quatro delas apresentam populações crescentes, mas a tartaruga-de-pente continua classificada como em perigo (entre 163 espécies). O principal risco para a espécie é a poluição marinha.

A maioria das espécies está classificada pelo Livro Vermelho como vulneráveis: são 330, em todas as regiões do país. É o caso dos grandes felídeos brasileiros, como a onça-pintada e a suçuarana (que vem invadindo regiões suburbanas por falta de espaço para demarcar seu território), e do lobo-guará.

O Brasil não é o único vilão da história. O pinguim-africano, comum nas praias do sul do continente até o início do século 20, é um dos animais em extinção, por causa dos constantes derramamentos de óleo vindo do golfo Pérsico para a Europa. Metade da população de elefantes da Ásia foi morta por caçadores no último século, para a coleta do marfim. Outro grupo foi domesticado para atividades humanas.

A baleia-azul, o maior animal do mundo, começou a ser caçada no século 19, quando foram desenvolvidos equipamentos e embarcações capazes de capturá-las. Estima-se que haja apenas 10 mil indivíduos nadando nos mares do planeta. O panda-gigante, nativo da China, contra com apenas três mil habitantes. A população do leopardo-persa, que já causou muito medo no Oriente Médio, é ainda menor: apenas mil espécimes na natureza.

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