Os juros brasileiros atingiram um pico de 45% mensais, em 1999, no segundo governo FHC, durante a crise que derrubou a economia da Coreia e Turquia e teve reflexos no mundo todo. No Brasil, a situação foi ainda pior, já que correções monetárias que deviam ser tomadas no ano anterior foram adiadas, porque era ano de eleição. Em compensação, o país atraiu milhares de aplicadores de todo o mundo, interessados nos excelentes retornos das aplicações financeiras.

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Investimentos para Compensar a Queda de Juros

Desde então, quase sem interrupções, os juros básicos da economia (a taxa SELIC) foram sendo reduzidos. No segundo governo Lula, a taxação para aplicações de curto prazo e de investidores estrangeiros foi sobretaxada, o que tornou os investimentos ainda menos atraentes. Por fim, em 2012, já no governo Dilma, a alteração das regras da poupança reduziu os ganhos desta aplicação: no lugar de 0,5% sobre o maior saldo apresentado a cada mês, acrescido da variação da Taxa Referencial (TR), um método de cálculo da inflação, novos depósitos renderão a TR, acrescida de 70% da variação da SELIC sempre que está ficar abaixo de 8,5%.

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A era dos altos retornos chegou ao fim.

Como lucrar com investimentos

O objetivo central destas ações do governo é aumentar o investimento na produção e consumo, mas ainda há formas de lucrar no mercado financeiro. No entanto, os aplicadores terão que ser mais ousados.

Os fundos imobiliários permitem que os investidores se tornem “donos” de uma fração de grandes empreendimentos, como novos shopping centers, grandes edifícios comerciais e, neste período de turismo em alta, com a Copa do Mundo e as Olimpíadas sediadas no país, hotéis e serviços. Os investimentos são baixos, e o rentista recebe de acordo com a valorização dos imóveis e seus aluguéis. Isto tem provocado um forte aumento no preço de compra e aluguel de todos os imóveis, e não se sabe por quanto tempo eles serão mantidos em alta.

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É um investimento menos arriscado do que a Bolsa de Valores, mas baixas podem estar vinculadas à inadimplência. A liquidez também apresenta problemas: muitas cotas são vendidas com deságio, se for necessário obter dinheiro rapidamente.

LCI – Letra de Crédito Imobiliário

Letra de Crédito Imobiliário é um título de renda fixa emitido por bancos; a garantia são os financiamentos imobiliários e as letras podem ter renda pré ou pós-fixada (a renda prefixada é ideal para os conservadores, porque permite saber qual será o resultado financeiro após um período determinado).

Até R$ 250 mil, a LCI é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito. Quem tem mais dinheiro para aplicar, pode adquirir LCIs em mais de uma instituição bancária, garantindo lucro líquido certo, mesmo que o banco vá à falência. Sobre a LCI, não incide imposto de renda. Mas os resgates só podem ser feitos em prazos que variam entre 90 e 180 dias.

Novamente, temos aqui a supervalorização do preço dos imóveis. A atual crise americana, que se alastrou pelo mundo, teve a “bolha imobiliária” como um de seus principais combustíveis.

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Dividendos na Bolsa

Investir em dividendos da Bolsa de Valores é uma alternativa para quem está iniciando a formação do patrimônio pessoal. O investidor aplica esperando receber remuneração pela distribuição dos lucros. No Brasil, empresas de capital aberto são obrigadas a devolver um quarto do lucro líquido a cada exercício, mas muitas distribuem cotas maiores.

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Empresas com alta distribuição são opções para a aplicação tradicional nas bolsas, porque estão menos sujeitas às oscilações do mercado. Mas são aplicações de médio ou longo prazo, não são recomendadas a quem precise sacar parte dos investimentos regularmente.

Multimercados

Nesta opção, o investidor aplica em diversos cenários, como ouro, dólar, ações, títulos públicos e commodities (açúcar, álcool, soja, são exemplo de commodities brasileiras). É o gestor do fundo multimercados quem decide onde e quando aplicar; portanto, o retorno financeiro está diretamente vinculado à capacidade do gestor em identificar as melhores oportunidades. Na prática, é quase uma aposta nas altas e quedas do mercado internacional.

O perfil deste investidor é mais agressivo, apesar de os riscos serem diluídos pelas aplicações feitas em diversos cenários. A maioria dos economistas que gerem estes fundos acerta nas escolhas: tudo depende da habilidade do gestor.

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Renda Fixa

Fundos de renda fixa atrelados à inflação e compra de títulos públicos pelo Tesouro Direto (pela internet) são outras boas opções, já que o mercado não espera grandes pressões inflacionárias, nem grandes variações dos preços ao consumidor. Também exigem prazos para resgate.

Por fim, a caderneta de poupança continua sendo a melhor opção para pequenos investidores. Para outras aplicações, é preciso conferir a solidez e confiabilidade das instituições, além de demandar um acompanhamento técnico bastante próximo. Para grandes investidores, talvez o melhor caminho seja apostar na produção: além de auferir lucros, gera empregos e aquece a economia.

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