Cartão de visita dos candidatos a um emprego, o curriculum vitae precisa de alguns cuidados para causar boa impressão.

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A primeira impressão é a que fica. Elaborar um bom curriculum vitae amplia as oportunidades de seguir nas etapas de um processo seletivo. O documento deve provocar interesse e curiosidade a ponto de gerar um convite para uma entrevista pessoal. Neste breve resumo – e é necessário que seja breve (no máximo duas páginas, para profissionais com extensa experiência profissional) –, o departamento de recursos humanos decide se o candidato reúne as qualificações mínimas para o cargo.

É importante que o curriculum vitae esteja sempre atualizado; ganha-se tempo quando ele está pronto para ser enviado e, uma vez que os processos de recrutamento atraem muitos candidatos, os primeiros têm mais chance de serem avaliados.

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currículo modelo

O que Colocar no Curriculum Vitae?

As informações do curriculum vitae devem ser sucintas e precisas. Ao elaborar o documento, muitos candidatos, especialmente os mais jovens, sentem-se tentados a supervalorizar algumas qualidades e a “turbinar” competências.

Isto é um erro: se a vivência profissional tem curta duração, se o domínio de idiomas e os conhecimentos de informática são apenas básicos, isto precisa ser informado, mesmo porque a chamada “overqualification” – candidatos muito além do pretendido pela contratante – quase sempre é motivo para desqualificá-los na seleção: quem pretende contratar um auxiliar dificilmente dará oportunidade para quem já tem experiência para ser um assistente, analista ou supervisor.

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No topo do curriculum vitae, o candidato deve informar o nome, telefone (fixo e celular), e-mail e outras formas de contato; o estado civil e a idade também são dados importantes. Em seguida, são listadas a formação acadêmica e a experiência profissional, a partir da mais recente; as primeiras experiências podem ser guardadas para o momento da entrevista.

Não é preciso informar toda a vida escolar, basta informar a posição atual ou a mais elevada: “cursando o ensino médio”; “curso técnico em contabilidade”; “graduado em administração de empresas” (neste caso, se houver especializações, elas são bem-vindas: por exemplo, “graduado em administração com especialização em marketing”).

Não é preciso anexar diplomas e certificados. A chamada prova de títulos é uma das últimas etapas, já na fase de contratação. Para um recrutador, é bastante irritante receber arquivos pesados, cheios de anexos, quando está apenas identificando os melhores candidatos.

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A objetividade é muito importante. De nada adianta informar o domínio de técnicas que não estão relacionadas às habilidades necessárias ao cargo em questão. Os objetivos devem ser claramente apresentados, de forma concisa, logo no topo do curriculum vitae. A coerência é fundamental: especialistas em RH podem identificar, apenas ao ler o documento, divergências fatais para as pretensões do candidato.

Por exemplo, informar que possui redação própria, ao mesmo tempo em que surgem erros de grafia e concordância a cada linha do curriculum vitae, é quase um pedido para ser eliminado. O documento deve ser revisado por alguém que domine o idioma português antes de ser enviado. As gírias também devem ser evitadas.

Muitas empresas exigem uma carta de apresentação acompanhando o curriculum vitae. A regra de ouro é respeitar as regras definidas pela contratante (como anexar a carta e não apenas digitá-la no rosto do e-mail) e não ultrapassar os três parágrafos: mais uma vez, selecionadores são muito ocupados (alguns chegam a ler mais de 200 curriculuns vitae a cada dia).

Em tempo: mesmo que o curriculum vitae seja enviado por e-mail ou digitado diretamente em sites de RH (consultorias e empregadores), é preciso cuidado com o aspecto formal. A carta de apresentação deve conter data e indicação do destinatário, mesmo que o serviço registre automaticamente estes dados.

curriculum vitae

O que Não Colocar no Currículo

Muita gente pensa que, quanto mais informações forem incluídas, no curriculum vitae, maiores serão as chances de contratação. É talvez o principal erro: este documento é uma espécie de isca para seguir no processo de seleção, nada mais que isto. A vivência pessoal e profissional será checada em outros momentos do recrutamento.

Alguns curriculuns vitae pecam pelo excesso de “programação visual”: são muitas cores e fontes que, na maioria das vezes, só servem para provocar confusão na leitura. Negritar títulos é suficiente para permitir uma boa visualização. Mais uma dica: fotos só devem ser incluídas se houver exigência do contratante – e devem ser estritamente formais.

“Sou altamente qualificado” soa muito mal. É melhor apresentar um resumo de realizações, em empregos anteriores, relacionadas ao cargo pretendido. A qualificação será aferida nas demais etapas da seleção (que podem incluir investigações sobre a vida pessoal e profissional).

+ Leia: Dicas para fazer um Currículo com boas Qualificações

Ser esforçado, flexível e proativo são boas qualidades para quase todos os cargos. No entanto, frases soltas, como “sou esforçado”, “sou flexível” ou “sou proativo” caem rapidamente no vazio. Vale mais a pena citar exemplos em que o esforço e a proatividade permitiram bons resultados. Exemplos também são interessantes para demonstrar a capacidade de solucionar problemas e trabalhar em equipe.

Facilidade na comunicação – no atendimento pessoal e telefônico – só é útil se o cargo exigir esta habilidade. Um trabalho realizado isoladamente, em ambiente fechado, não demanda este tipo de qualificação. Por outro lado, um caso em que um cliente difícil foi conquistado pelo diálogo é muito importante para a seleção.

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