Ninguém sabe ao certo a data de nascimento de Jesus. No entanto, a Igreja Católica concorria com diversas outras seitas religiosas na Europa. O Natal foi determinado em 25 de dezembro para concorrer com as Saturnálias, festas em honra do deus romano do tempo, Saturno. No solstício de inverno, entre 20 e 22 de dezembro, Roma comemorava o retorno dos dias mais longos que a noite (no hemisfério sul, isto ocorre em junho). Era a festa do Sol Invicto.

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Cristãos antigos consideravam o dia 6 de janeiro como a data do batismo de Jesus por João, no rio Jordão, simbolizando o nascimento espiritual do Cristo. Por isto, até hoje os cristãos ortodoxos – religião predominante no leste europeu –, comemoram o Natal nesta data.

No século IV, quando o Cristianismo tornou-se religião oficial do Império, o clero fixou a data do nascimento de Jesus para enfrentar o culto aos deuses greco-romanos.

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Curiosidades sobre o Natal

Os Reis Magos

No Evangelho segundo São Mateus, consta que “tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, vieram uns magos do oriente a Jerusalém adorá-lo”. O apóstolo não cita o número, nem o fato de serem reis, mas a tradição fixou em três os soberanos que vieram provavelmente da Pérsia visitar o menino.

Neste livro do Novo Testamento, o autor tenta coincidir a vida de Jesus com uma série de profecias sobre o advento do Messias. A visita dos magos, que ofertaram ouro, incenso e mirra, representa a realeza e divindade do Cristo. A lenda continua, situando o corpo dos três reis magos na Alemanha: uma catedral em Colônia guarda seus restos mortais.

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Árvore de Natal

A Árvore de Natal

Diversos povos europeus decoravam árvores em suas festividades. Os celtas colocavam fitas coloridas em carvalhos, nos seus principais festivais sagrados. Entre os povos nórdicos, havia a crença de que o deus Tor teria ficado preso na árvore da vida, entre a terra e o céu, durante nove dias, ferido por sua própria lança. O deus morreu e foi ressuscitado por Odin, divindade principal do panteão viking. Retornando à vida, Tor criou diversas inovações. Por isto, árvores eram enfeitadas em sua homenagem.

Os missionários cristãos sempre absorveram a cultura local para pregar a fé católica, como é o caso da deusa Brigita, metamorfoseada em Santa Brígida, e um labirinto sagrado dos celtas na França, sobre o qual foi construída a Catedral de Chartres. São Bonifácio, que evangelizou o norte europeu, trocou os carvalhos sagrados por pinheiros e abetos, pela sua forma triangular, que lembra a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), e também por serem as únicas árvores que não perde o verde durante os rigorosos invernos do Velho Continente.

Existe ainda a lenda de que Martinho Lutero, que deu início à Reforma, movimento que originou as igrejas protestantes, sonhou com uma árvore iluminada e passou a comemorar o Natal com pinheiros iluminados. Efetivamente, as primeiras notícias sobre árvores de Natal datam do século XVI, a mesma época em que Lutero publicou seu protesto contra a venda de indulgências (perdão aos pecados comercializado pela Igreja Católica).

Presépio

O Presépio

Em 1223, o frade italiano Francisco Bernardone, posteriormente canonizado pela Igreja Católica, decidiu mudar as comemorações no Natal. Em vez da tradicional celebração na igreja, o santo resolveu representar o nascimento de Jesus na floresta de Greccio, próximo à cidade de Assis. Com figuras de barro, ele criou a manjedoura, pastores, anjos – que anunciaram o nascimento do Salvador, de acordo com a tradição –, a estrela que guiou os magos até o local, o menino e seus pais.

Algumas imagens deste primeiro presépio existem até hoje e estão na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. A palavra “presépio” vem do hebraico e significa estábulo, local de repouso e alimentação de animais. Logo após nascer, Jesus foi reclinado numa manjedoura, para se manter aquecido, de acordo com narrações evangélicas.

Papai Noel

O Papai Noel

O personagem foi inspirado num bispo católico, de Mira, na Turquia, nascido no século IV. Este religioso distribuía bolsas com moedas de ouro para famílias carentes. Ele fazia as doações de forma anônima, nas chaminés das casas. Sua transformação em símbolo do Natal ocorreu na Alemanha, onde já havia o costume de deixar doces e frutas sob as árvores para as crianças, nas principais festividades.

De acordo com a lenda, o Papai Noel mora na Lapônia, extremo norte do planeta, onde passa o ano confeccionando brinquedos (auxiliado por duendes) para serem distribuídos entre as crianças que se comportam bem. No mito original, crianças malcriadas recebiam apenas carvão no Natal. A entrega dos presentes é feita com o auxílio de renas, que puxam um trenó voador.

A figura do Papai Noel atual, um velhinho vestido com roupas vermelhas e brancas, foi criada pela publicidade, no século XIX. O objetivo era divulgar a Coca-Cola, que tem as mesmas cores na sua logomarca. Na verdade, o Papai Noel sempre foi representado com estas cores, que são as usadas pelos bispos católicos. Os responsáveis pela propaganda do refrigerante apenas criaram a figura utilizada até hoje.

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2 Comments

    1. Obrigado Lourdes!
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      Esse tipo de comentários nos motiva a continuar.

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