Todo empresário já passou pela experiência de ter de demitir um funcionário. Os motivos são os mais variados: corte de gastos, crise financeira, incompetência e algumas características indesejadas para o perfil: dificuldade de relacionamento interpessoal, uso inadequado dos equipamentos da empresa, falta de capacitação para exercer a função, além, claro, das causas previstas em lei que geral justa causa: negligência, imperícia ou desídia (o famoso “corpo mole”). Certamente, as demissões por justa causa são as mais fáceis.

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Como Demitir um Funcionário

Como Demitir um Funcionário

Também são menos traumáticas as demissões determinadas por uma espécie de quebra de contrato entre a empresa e empregado: faltas e atrasos frequentes, apresentação pessoal inadequada, mentiras, alcoolismo. Nestas situações, há um fato concreto para ser apresentado, especialmente se o funcionário foi várias vezes advertido anteriormente.

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Quando o funcionário tem problemas de relacionamento ou dificuldades para cumprir suas tarefas, os avisos anteriores também facilitam o momento do desligamento: a pessoa em foco percebe sua incapacidade e praticamente espera o comunicado da demissão.

O que não se deve fazer ao quando se vai demitir um funcionário

De qualquer forma, existem algumas coisas que não podem ser feitas. Por exemplo, afixar uma relação de demissões na entrada da empresa, comunicar a demissão na frente de outras pessoas ou através da administração ou do RH. Conheci funcionários que foram demitidos no corredor e, talvez o pior caso, tomaram conhecimento de que estavam sem emprego ao não encontrar seu cartão de ponto na chapeira.

É preciso chamar o funcionário em separado e relacionar os motivos que estão determinando a demissão. O momento é traumático e deve ser conduzido com cautela, mas deve ser rápido e sem protelações. Não deve se tornar uma discussão.

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Quem tem a tranquilidade é o chefe: o demitido estará naturalmente ansioso e pode tomar atitudes inadequadas. O superior deve estar preparado para xingamentos, ofensas, ameaças de uma pessoa emocionalmente descontrolada.

Demissões também não devem ser feitas nas sextas-feiras ou vésperas de feriado, pois fatalmente prejudicaram o descanso – remunerado – a que o funcionário tem direito. Outro momento ruim é o retorno das férias. Se for necessário, faça-o antes e pague o valor das férias, inclusive para que o demitido tenha uma reserva financeira maior para enfrentar o desemprego.

Demitido

As piores demissões

As piores demissões ocorrem quando é necessário enxugar os gastos da empresa. A demanda caiu, junto com ela a produção, máquinas e pessoal ficaram ociosos. É preciso fazer frente à situação e cortar custos. Como a folha de pagamento é um dos itens mais caros nas finanças, o corte é necessário. Mas é difícil demitir bons profissionais, capacitados e assíduos, principalmente quando a crise não afeta apenas a empresa e muitos outros postos de serviço também estão sendo fechados.

Cortes, grandes ou pequenos, afetam também os que mantiveram o emprego, porque ficam inseguros e podem ter sua produtividade comprometida pela situação instável. É preciso avaliar bem a situação, mesmo porque as demissões também têm custos altos. O melhor a fazer é eliminar todas as opções: férias coletivas, redução da jornada de trabalho, negociação com toda a equipe da empresa.

Nestes casos, e também nos de reestruturação da empresa – os avanços tecnológicos cada vez mais permitem que um número menor de pessoas encarregue-se das diversas atividades –, as demissões devem ser precedidas por anúncios oficiais e reuniões com os empregados, conferindo transparência ao processo. É possível que alguns empregados tenham outras oportunidades em vista e optem pela demissão voluntária, especialmente se houver uma compensação financeira.

Ao reunir os funcionários, é preciso ser objetivo e antecipar as perguntas que podem ser feitas. Quando vai ser meu último dia; como ficam meus benefícios; não há outra alternativa? Estas e outras questões fatalmente serão levantadas. Se as respostas não estiverem equacionadas, é necessário procurá-las com a diretoria da empresa.

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Os demitidos e os mantidos na empresa

Em todos os casos de demissão, é preciso comunicar à equipe, especialmente ao setor em que houve o desligamento, os motivos que terminaram o afastamento do empregado, deixando claro que o bom desempenho, assiduidade, cordialidade e outros atributos considerados importantes pela empresa serão responsáveis pela manutenção do emprego.

No caso das reestruturações, é importante informar também quem vai absorver as funções que eram desenvolvidas pelo demitido, preferencialmente com um aumento salarial.

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