Situada entre 25 e 35 quilômetros de altitude, a camada de ozônio protege a Terra contra os raios ultravioleta.

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Grande parte da energia solar que atinge a Terra é refletida de volta. Se toda esta energia fosse absorvida, o planeta seria totalmente estéril, sem condições de abrigar a vida. A camada de ozônio – ou ozonosfera – é um dos responsáveis por este fenômeno. O gás, composto por três átomos de oxigênio, é formado nas baixas latitudes, migrando para as altas altitudes e formando um escudo protetor.

Camada de Ozônio

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A Camada de Ozônio

Situada na estratosfera, é uma camada extremamente rarefeita: os cerca de 10 quilômetros de espessura, se fossem trazidos ao nível do mar, ficariam reduzidos a poucos milímetros, esmagados pela pressão atmosférica. A camada de ozônio, ao interagir com os raios ultravioleta B (UVB), reflete-os para o espaço, impedindo que a maior parte deles – entre 95% e 98% – atinjam a superfície. Os raios UVC também são filtrados pela atmosfera, enquanto os UVA a atravessam, sendo responsáveis pelo envelhecimento da pele, o bronzeamento e também as queimaduras de sol.

No entanto, este equilíbrio está em risco: a emissão de gases pela produção industrial, queima de combustíveis fósseis e até pela pecuária – está provocando reações químicas na atmosfera. O dióxido de carbono e o clorofluorcarbono (CFC) rompem as ligações atômicas das moléculas de ozônio, o que permite a passagem dos raios de alta frequência.

Em 1983, pesquisadores constataram um grande buraco na camada de ozônio acima da Antártica: sua extensão era de 10 quilômetros quadrados (maior que toda a área brasileira). Dez anos mais tarde, este buraco tinha pouco menos de 25 quilômetros quadrados e surgiram vários outros na estratosfera. Desde então, diversos países proibiram o uso de CFC, que era comum na produção de aerossóis (inseticidas, desodorizadores, etc.).

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Por permitirem a chegada dos raios ultravioleta à superfície, os buracos na camada de ozônio trazem dois problemas para o planeta: o aumento de casos de câncer de pele, fato que pode ser atenuado com o uso de bloqueadores ou protetores solares, e a elevação da temperatura da Terra. O consumo de substâncias que prejudicam a camada vem caindo ano a ano: em 1992, eram 690 mil toneladas lançadas na atmosfera; em 2011, caiu para 45 mil. Mesmo assim, especialistas avaliam que, mantido o ritmo da redução, apenas em 2050 a camada estará reestabilizada.

Desde o início da Revolução Industrial, no século XIX, a poluição vem prejudicando a atmosfera terrestre. Estudiosos avaliam, até 2100, a temperatura pode se elevar entre 1,1°C e 4,8°C. Pode parecer pouco, mas é o suficiente para exterminar diversas espécies vegetais e animais, prejudicando o equilíbrio ecológico, e inundar diversos países insulares, como Tuvalu e Nauru, ambos na Oceania.

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